31 março 2021

Respondendo ao Coronavírus

Texto fantástico extraído do Monergismo (referência ao fim do texto)


 Dr. E. Calvin Beisner

O que cristãos sábios e fiéis podem fazer diante do coronavírus (COVID-19)? Cinco princípios bíblicos podem nos ajudar. 

Primeiro, confie em Deus. 

O salmo 91.1-3 diz: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao Senhor: ‘Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio’. Pois ele livrará você do laço do passarinheiro e da peste perniciosa” (NAA).

Isso garante que nenhum cristão vai ficar doente? Não. Mas nos garante que Deus está no controle, e se padecermos de enfermidade, é porque é o melhor para nós. Como Romanos 8.28 diz, “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”.

Segundo, não tema.

Manter as coisas em perspectiva ajuda a reduzir o temor. O COVID-19 é um risco grave, mas convivemos com outros no dia a dia. Anualmente, cerca de 37 mil americanos morrem de gripe e cerca de 38 mil em acidentes de trânsito. É provável que o coronavírus, como a maioria das epidemias, chegue ao pico e caia em semanas ou meses e, portanto, é improvável que ele mate tantos americanos, e muito menos a cada ano.

Deus disse a Josué: “Seja forte e corajoso! Não tenha medo, nem fique assustado, porque o Senhor, seu Deus, estará com você por onde quer que você andar” (Josué 1.9, NAA). Quando os discípulos viram Jesus andando sobre as águas, temeram, e ele lhes respondeu: “Sou eu. Não tenham medo!” (João 6.20). Por quê? Em ambos os casos, porque Deus estava com eles. 

O mandamento repetido com mais frequência na Bíblia é “Não tenham medo” ou “Não temam”. Mesmo diante do mais grave perigo, os cristãos não devem temer, pois Deus está conosco. 

Terceiro, seja prudente.

Provérbios 22.3 e 27.12 dizem: “O prudente vê o mal e se esconde; mas os ingênuos seguem em frente e sofrem as consequências” (NAA). 

A prudência pode ser difícil. Ela exige atenção não apenas para um perigo, mas para muitos, incluindo as consequências acidentais de nossas soluções. Tanto quanto possível, devemos evitar medidas drásticas que arruínam empregos e portanto causam pobreza, que podem representar riscos ainda maiores que o COVID-19. No entanto, muitas recomendações para frear a sua disseminação são bem-vindas, como:

  • Lavar as mãos com frequência e de forma completa com sabão, evitando tocar no rosto;
  • Cobrir a boca e nariz com lenço quando tossir ou espirrar;
  • Reduzir ao mínimo o contato pessoal com pessoas que não sejam da nossa família, bem como com algum familiar que sabemos ter sido infectado;
  • Evitar reuniões com grandes grupos, mas praticar o “distanciamento social” caso tivermos de frequentar alguma (mantendo pelo menos uma distância de 1 a 3 metros, sem aperto de mãos ou abraços);
  • Ficar em casa se estiver doente, e se alguém da família testar positivo para o coronavírus, manter toda a família em casa.

Quarto, submeta-se às autoridades governamentais.

Os cristãos são obrigados, pela Escritura (Romanos 13.1), a obedecer às autoridades civis a menos que elas nos obriguem a desobedecer a Deus. Por isso devemos, exceto nestes casos, obedecer às ordens dadas como parte dos esforços do governo para frear a disseminação do coronavírus. 

Quinto, ore e trabalhe por reavivamento. 

2 Crônicas 7.13-4 diz: “Se eu fechar o céu de modo que não haja chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo, se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar, me buscar e se converter dos seus maus caminhos, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”.

Doenças nem sempre indicam o juízo de Deus — às vezes, elas têm um propósito inteiramente diferente e indicam um grande elogio à integridade de uma pessoa, como no caso de Jó. Contudo, Deus frequentemente envia doenças, como castigo e punição, sobre indivíduos, famílias e nações. Diante disso, devemos investir tempo em oração sincera, pedindo a Deus para revelar como pecamos e para nos capacitar a mudar. Devemos orar por nossos vizinhos, amigos e concidadãos e compartilhar o evangelho com eles; por nossos governantes, para terem sabedoria e humildade; e pelos profissionais de saúde, enquanto cuidam de um grande número de pessoas em circunstâncias difíceis. 

 

Fonte: Cornwall Alliance, “Responding to Coronavirus”. 

 

Tradução de Leonardo Bruno Galdino.


Link da publicação original: http://monergismo.com/novo/igreja/respondendo-ao-coronavirus/


Perguntas e respostas à IVV: somos neopentecostais?

Como escrevemos este blog com a intenção de trazer vários textos teológicos, inclusive muitas críticas a movimentos que distorçam a Biblia em suas preleções, resolvemos postar aqui uma breve entrevista com o Reverendo Giácome Travassos Jácome, responsável pelas Igrejas Verbo da Vida em João Pessoa. Segue a entrevista, realizada em fevereiro de 2021: 


1- É correta a afirmação de que A IVV é uma igreja neopentecostal? Se não for, o que os distingue do neopentecostalismo? 

R.  Não, a IVV não se entende neopentecostal. A diferença está na relação com o hall de membros que a IVV possui. A IVV não realiza campanhas de cunho financeiro, não há enfase nos demônios, ou na libertação, a mensagem privilegia Cristo e não é centrada nas narrativas do VT e outras mais 

2- Em relação às bênçãos de Deus, a IVV crê que uma pessoa pode ser abençoada por Deus mesmo passando por limitações financeiras? Ainda neste âmbito, a IVV crê que ao fazer certos sacrifícios (como dizimar e ofertar), necessariamente Deus derrama o seu favor sobre o crente? 

R. A IVV crê que a condição de benção conquistada pela cruz do calvário inclui sim bençãos financeiras e nisso a Bíblia é exaustiva. Mas jamais ensinou que a prosperidade é prova de espiritualidade. Sobre esse ponto segue citação de Kenneth E. Hagin: "Creio firmemente que Jesus era próspero, no entanto, sua prosperidade não era medida pelo acúmulo de riquezas ou de bens mundanos. Ele não morava em um palácio com salas cheias de ouro, olhando para campos repletos de gado e ovelhas. Seu estilo de vida não era pomposo nem extravagante; Ele não era movido pelo desejo de posse e ganância. Podemos prosperar exatamente como Jesus, mas isso significa que os nossos motivos para sermos prósperos também devem ser iguais aos dEle." Quanto a dízimos e ofertas, entendemos o princípio de honra para com nosso Senhor e provedor de tudo Jesus Cristo, como também o princípio de plantio e colheita. Essa prática não nos torna "mais abençoados ", pois já somos abençoados, também não fazemos troca com Deus, porém também entendemos que  a prática desses princípios com a devida revelação  do que estamos fazendo, permitirá o agir de Deus em nossas vidas, pois estaremos andando em honra, reconhecimento,  consideração e obediência ao nosso Senhor. 

3- Em 2014, o Supremo Concílio (SC) da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), uma igreja histórica muito conhecida no Brasil, adotou uma postura drástica em relação à Igreja Verbo da Vida. Em seu documento, o SC aponta que há nesta denominação “muitos elementos característicos de seita” e orienta seus pastores a se absterem “de relações intereclesiásticas”. O documento diz que o Verbo da Vida “apresenta práticas muitos similares das que são praticadas na IURD – Igreja Universal do Reino de Deus”, denominação que desde 2010 é considerada seita pela Igreja Presbiteriana, assim como a Igreja Mundial do Poder de Deus. Os mesmos apontam, entre outros: 

a) Que a igreja é defensora e praticante do “evangelho da saúde e da prosperidade” também conhecido como “teologia da prosperidade”, “confissão positiva”, “palavra da fé” e “movimento da fé”; 

b) Que a igreja em seus encontros apresenta práticas muitos similares das que são praticadas na IURD – Igreja Universal do Reino de Deus; 

Em relação a este ponto acima: 

1- Qual sua posição, enquanto um dos líderes da denominação, a respeito da postura da IPB? 
R. Equivocada e preconceituosa. Ainda assim não temos a menor intenção de fazer, qualquer coisa a respeito. 

2- A IVV concorda com a teologia seguida pela IURD e IMPD? Se há discordância, quais os principais pontos de discordância? 

R.  Existem mais discordâncias do que concordâncias. A participação em um culto provaria isso facilmente. A IVV ensina, exaustivamente, que todas as bençãos são resultado da obra da cruz e não do esforço, ou da compra de indulgências. Na IVV não existem "muletas" como "água ungida", água do rio Jordão, unções de homens especiais. Na IVV não se faz entrevista com demônios ou espetáculo com as curas recebidas. 

3- A igreja segue a Teologia da Prosperidade? A Igreja crê na confissão positiva e na palavra da fé? 
R. Como já dissemos a IVV sim crê que bençãos financeiras estão disponíveis na conquista da cruz do calvário, não apenas isso, mas isso está incluso. A IVV crê que a fé se expressa no que dizemos e que devemos confessar a palavra de Deus, de conformidade com Rm 8.8-10, Mc 11.23-24 e outros. 

4- O sr. crê que há na verdade um equívoco na interpretação das crenças da IVV ou há de fato crenças na IVV incompatíveis com o que creem denominações como a IPB? R. Existe um equívo em enquandrar a IVV na categoria de neopentecostal, apesar de acreditarmos, como já dito, que as bênçãos financeiras e a saúde divina estão entre as bênçãos conquistadas por Jesus na cruz, mas a ênfase que a IVV dá a essas bênçãos são diferentes das neopentecostais. No entanto, a crença que temos nas manisfestações das bênçaos de Deus sobre o crente, nas manisfetações do Espíritos e nos milagres como presentes na Igreja até os dias de hoje são, da fato, diferentes da crença das igrejas reformadas, e aí incluindo a IPB, que são essencialmente cessacionistas, além de termos uma soterologia eminentemente arminiana, diferenciando assim, totalmente da visão calvinista da IPB.

Existem alguns pontos de similaridade, tais como a ordenação de mulheres. Assim como a IPB, a Igreja Verbo da Vida é complementarista, como também diz o Rev. Giácome:
A Igreja Verbo da Vida tem ministras ordenadas como mestres, mas no que diz respeito a pastoras, nós não ordenamos, pois entendemos que a posição de governo é direcionada ao homem. Não há diminuição ou menosprezo à mulher, pois elas exercem várias outras funções de liderança, mas entendemos que Deus colocou papéis diferentes e respeitamos os que pensam de forma diferente, mas não é o nosso entendimento teológico. 

       
                                   Rev. Giácome, da Igeja Verbo da Vida em João Pessoa-PB

20 março 2021

Pandemia... onde está o Deus de milagres?

 Você tem sentido falta dos milagres de Deus em meio a este caos?


Será que a mão de Deus se recolheu? Onde está o Deus de milagres?


Por mais estranho que pareça, talvez não seja Deus quem não esteja agindo, e sim nós que estejamos cegos.


Deus está fazendo milagres em nossas vidas agora mesmo. Ele está te dando condições de ler este breve texto (ou de ouvir outra pessoa lendo para ti);

 

Provavelmente você teve uma cama para dormir esta noite; Provavelmente você já teve como se alimentar hoje;

Provavelmente você não está entubado em uma UTI;

Provavelmente você consegue se comunicar de alguma forma com quem está perto de você.

 

Mas vivemos um momento em que as pessoas deixam a gratidão de lado por causa das preocupações com o amanhã e acabam não contemplando os milagres à sua volta.

 

Tenhamos em mente uma coisa:

Milagre nem sempre produz aproximação a Deus... e milagre nem sempre é o que pedimos, mas é resultado da ação de Deus para que Ele mesmo seja glorificado.

 

Muitos pedem a Deus: transforma minha família; cura minha vida, ressuscita minha empresa – e muitas vezes não entendem o porquê de isso não acontecer.

 

Deus muitas vezes não nos responde como queremos porque a resposta que pedimos nem sempre vai glorificar a Deus, ainda que nossa intenção seja boa e que nosso pedido aparentemente seja algo abençoador.

 

Tiago 4 fala sobre isso quando diz: “Vocês não têm, porque não pedem. Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres. (4:2-3)”

 

Deus não age sem que no fim das contas Ele seja glorificado, porque o soberano é Ele! 

Deus não age para simplesmente atender a uma necessidade nossa, mas sim para atender a algo que o glorifique, pois a glória de Deus sempre será o mais frutífero, o mais abençoador não só para uma pessoa ou uma família, mas para todo o cosmos.


Sejamos gratos a Deus não somente em meio à fartura, à estabilidade financeira, à certeza da saúde:

 

Sejamos gratos a Deus em meio à pandemia, em meio à tristeza de ver o choro que nos cerca, à incerteza quanto ao amanhã, pois o que temos de mais valioso... 

Doença não pode atacar; 

O tempo não pode oxidar, 

Ladrão não pode roubar;

Desemprego não pode tirar...

 

A presença de Deus em nossa vida deve ser o maior motivo de  gratidão a Ele - e a convicção de que não estamos sozinhos em meio a tanta luta pode nos confortar, pois Ele é soberano sobre o vírus, sobre as mazelas, sobre o choro e sobre as incertezas. 


O soberano está sobre a tua vida, e mesmo se ainda não estiver, hoje mesmo ele pode chegar, porque Ele diz que todo aquele que o Pai me dá virá a mim, e  aquele que vem a mim de forma alguma eu lançarei fora (Jo. 6:37).


Sejamos gratos a Deus pelos “pequenos” milagres à nossa volta, pois não estamos sozinhos, e amanhã o sol nascerá com as misericórdias dele se renovando mais uma vez sobre nossas vidas!


#lockdown
#pandemia